Por Stéfanie Rigamonti
Lembro-me de quando eu tinha 8 anos de idade e estava na segunda série do ensino fundamental. Na nossa sala de aula, a professora sempre nos incentivava a reciclar de uma forma divertida e gostosa. Ela nos ensinava a fazer artesanatos com garrafas plásticas, a fazer sabão de cozinha caseiro, papel reciclado com jornais e papéis velhos, além de pedir que levássemos toda latinha vazia que a gente achasse para a classe; lá nós amassávamos as latinhas e as guardávamos até juntar a quantidade necessária para trocarmos por sorvetes da Kibon.
É muito importante que se incentive as crianças, desde cedo, a reciclar e se preocupar com o meio ambiente. Os locais mais propícios para isso são aqueles responsáveis pela educação e pela formação de valores dos indivíduos, ou seja, o lar e as escolas. É necessário mostrar para as crianças que a prudência ecológica pode ser muito interessante e benéfico, não só ao meio ambiente, mas a si próprias, porque, pautando-se nos três pilares do ecodesenvolvimento, enquanto se tem cuidado com a natureza, há eficiêncica econômica e justiça social.
Segundo Pedro Jacobi, em seu texto Meio Ambiente e Sustentabilidade, "o desafio ambiental urbano deve centra-se em ações que dinamizem o acesso à consciência ambiental dos cidadãos a partir de um intenso trabalho de educação". Ou seja, para se preservar o meio ambiente, é necessário não só tomar medidas imediatistas, mas também trabalhar com a consciência das pessoas, principalmente das crianças, pensando na educação e na consciência ecológica da geração futura. No mesmo texto, Jacobi diz que "embora esse tema seja objeto de projetos pautados pela vontade política dos administradores municipais, nem sempre a intencionalidade é bem-sucedida ou bem compreendida pelos moradores". Portanto, não adianta as autoridades públicas entenderem a importância de se preservar o meio ambiente e criar projetos em pró disso, se os moradores municipais não compreenderam a importãncia da sustentabilidade.
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